terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jean-Claude Ellena, o criador de perfumes da Hermès


Perfumista exclusivo da famosa casa de luxo francesa Hermès, desde 2004, Hermès é filho de um também perfumista

Cabris - Para criar um perfume, é preciso contar uma história", confia, numa entrevista à AFP, Jean-Claude Ellena, perfumista exclusivo da famosa casa de luxo francesa Hermès, desde 2004, deixando passar alguns segredos de fabricação desses verdadeiros néctares olfativos que elaborou.
Com uma elegância discreta, cabelos grisalhos e olhar alegre, recebe numa casa de sonhos, com uma vista de tirar o fôlego, em Antibes, na Riviera Francesa.
"Bem-vinda ao ateliê de perfumes da Hermès", diz, com um sorriso, este homem nascido em 7 de abril de 1947, filho de um também perfumista "que nunca falava em casa de seu trabalho".


No interior, num pequeno laboratório estão centenas de frascos de essências. Mas é longe desse material que faz suas criações o homem que se apresenta como "um escritor de aromas".
Em seu escritório, papel e lápis bastam: "para criar um perfume, é preciso uma história. No meu ofício, preciso de palavras", explica o autor de "Journal d'un parfumeur", Diário de um perfumista, lançado em maio, no qual relata um ano de sua vida e revela fórmulas de 22 fragrâncias.
Na fase de criação, os vaivéns se sucedem entre a escrivaninha, onde ele redige as fórmulas, reunidas e pesadas no laboratório, quando são sentidas e "tocadas" depois de embebidas em mata-borrões. "Mais disso, não muito daquilo"... uma nova fórmula surge e a valsa recomeça, "por centenas de vezes", explica.
"Para +Voyage+ da Hermès, pensei em criar um aroma tenso. Para mim isso queria dizer muito. Sem isso, não seria bom. Finalmente consegui, quando estava numa abstração total", conta ele, rindo.

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